“Hoje, o dia que toda a gente conhece, que cada um o vive,
por vezes em comum, como um par de lugares ao lado de uma janela em movimento,
ou talvez, o olhar distinto do presente, em constante observação ao que o
rodeia. É uma busca incessante pretendendo alcançar algo, que mesmo em
movimento, fixe o olhar, por momentos, ou por uma eternidade.
Tudo depende do que transparece da janela, algo promissor,
desejável… e o que se reflecte nela, alguém merecedor e cumpridor do que pode
vir a obter, do que o olhar observa.
Acerca da janela, tudo provém do pensamento, um pensamento
simples que se torna complexo pelo olhar. É neste momento que quando diante da
janela e observando o seu interior obtemos uma possível conclusão, no entanto,
aquando a abertura do nosso pensamento, dialogando com a pessoa no banco em
frente, tudo se torna uma realidade disforme.
O pensamento é humano, contudo, pode iludir-nos para o bem e
para o mal, com confiança ou com força. Por essa razão, o pensamento não
funciona sozinho, o olhar por si só permite-nos encontrar alternativas,
encontrar coisas boas nos acontecimentos maus, e vice-versa.
Hoje faz sol, céu limpo e brilhante, tentador de facto, no
entanto encontro-me do lado oposto com a janela pelo meio, ou será o meu o
pensamento? Onde me encontro? No meu pensamento, onde sei que o meu olhar
através desta janela que alimenta o meu pensamento.
Vejo agora gotas de chuva largadas do céu, cada uma com
ínfimas memórias em que cada gota de chuva está um raio de sol. Um raio vindo
do oeste, outro de este… Mas como é possível em cada gota de água estar mais do
que um raio de sol?
Será melhor ou maior, o contributo de algo que nos ilumine,
e nos deixe mais solarengos ou tudo isto será do meu pensamento?
Pensamentos nossos, que crescem por quem observa,
pensamentos nossos que nos preenchem, pensamentos humanos e desumanos, no
fundo, pensamentos nossos, distintos talvez, ou similares através do simples
olhar de uma janela.
Uma janela agora em movimento perseguida por um olhar em
pensamento de um conjunto de lugares…diante da janela”
Créditos a Diogo Mendes
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