Olhei,
Olhei para o vento e para os caminhos que sopravam o pó dos passos;
Revi-me nas direcções e sussurrei à lua, enquanto me quebro por esses momentos e a porcelana estala, a madeira apodrece entre as calhas da vida; quanto mais me engano, entendo que não há que viver e o pó voa mais fino, as pupilas dilatam transformando o verde em amarelo, felino dourado talvez, onde quer que se veja a sofreguidão estarei eu
- e talvez tu, onde quer que se vejam no olhar
desse olhar tão mais profundo.
Dispo a camisa e abro o peito à chuva, saltam-me as gotas ao invés das lágrimas frias, entre outros pedaços de fio tão acabados como o primeiro da fila. Soçobrando, exausto e retalhado, entrevejo o meu corpo ao abandono de Éter, compreendendo tão profundamente como no primeiro dia
- somos marionetas, de fio e de corda, madeira e verniz. Somos de quem nos fez, mas nunca ninguém nos quis.
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