Obrigo-me ao tempo como um novelo às garras de um gato;
Quando corro para muito longe, descubro que tenho trajectórias elípticas e que os meus pés nunca saem do meu peito
- nem do teu.
Dançamos pela noite fora, uma valsa sem começo nem princípio, sem apelo nem agravo e dou comigo a mirar as estrelas em busca do que foi um dia o teu alfa, pois haveria de chegar o teu ocaso sem que eu me apercebesse e desapareceste assim, como Selene quando principia o dia ou Helios quando este finda.
O nosso amor é um combate
- e eu magoo-me só de observar a esgrima,
Em noites em que o peito me dói até que o mural dos teus cabelos chega e me guia adonde eu for. E todas as luzes que ladeiam o caminho cegam. E todas as estradas que correm pelo caminho se desviam. Há tanta coisa que eu queria dizer-te mas não sei como. E apesar de tudo, apesar dos traços, sei que é quando encarna o meu olhar que a discórdia que vive em mim se apodera das rosas no teu regaço.
faz-me um filho.
ResponderEliminarTeus textos são deliciosos. Thê.
ResponderEliminarGrande resposta Mafalda, o que me rí com essa deixa tão bem metida!
ResponderEliminarBeijos Azul, vou passar por cá mais vezes, gostei!
Muse
Obrigado a todas.
ResponderEliminarFantástico o vosso feedback :)