És pequeno.
Vais contendo em ti a imensidão de querer saber tudo sem saber nada.
Como um relógio, vais alimentando-te da corda
Que te vão dando.
Uma memória curta é, por sinal,
O sinal de uma mente igual;
Nada em ti pede água a alguém
E já te expliquei que és um relógio.
Um dia vais acordar e ficar sem corda,
Partindo do pressuposto que já gastei as desilusões;
E nesse dia serás fogo,
Vagamente absorvido por outro fogo
Que ressoava fortemente contra o vento.
És um relógio que mostra horas erradas;
Tão erradas quanto a sua existência.
E o problema que causas não é nada mais
Que a irritação de açambarcares sem sequer pedir
O local onde costumava eu marcar as horas.
Tu est heureux quand je suis pas;
mais heureux est lui qui a pu pénetrer des causes sécretes des choses.
Até lá serás apenas um relógio partido a que dão corda sem saber.
Foge-te vampiro.
Funde-te doutro lado e desaparece.
Ninguém te deve nada nem mereces que te devam.
És somente o tempo - noutro tempo;
Um relógio à espera de ser fulminado por uma torre.
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