domingo, 12 de dezembro de 2010

Devaneios.

Sorriste ao apertar-me a mão e eu sorri-te de volta, 
Larguei esse aperto e voltei a mergulhar.
Nos olhos de avelã onde o sonho dorme eterno, 
Rasgo o peito às gotas da chuva a cair.
Lisboa, das colinas e dos carris, 
Onde o Tejo embate com a força da saudade,
Só em Português existe esta faculdade de se sentir falta do que se não tem, Tendo.
Dos estampados ao tecido, no titânio das argolas, 
Luz-me dos teus cabelos, esse Sol das conquistas. 
E Éter, ao banhar-me, retoca-me as pestanas e embala-me
O sono com Selene a raiar no Infinito.