sábado, 21 de janeiro de 2012

Lisboa Antiga

Dá-me a volta, como se dá a volta ao Mundo, e faz-me ver os horizontes que ficam p’ra lá das portas fechadas, e das portas abertas, cola-se ao vento o sussuro dos Deuses ausentes; Deus quis que a terra fosse um dia o terreno dos homens e fez-se, luz eterna ao criador. Amor, amor por entre os receios das vidas

Amor, amor às solidões infinitas, aos abraços desesperados à porta dos cafés, aos olhos verdes a verter gotas de ausência

Amor, amor a raiar nas paredes, a cortar os caminhos;

Quanto silêncio se faz por entre o turbilhão de odores e o ruído perpétuo jaz em toda a parte.